Ardendo de tanta falta
Que tua ausência me provoca,
Que tua ausência me provoca,
Como se estivesse morta
A canção que em mim se exalta,
Sinto a dor que me convoca,
E o que espalha à sua volta,
- Lâmina que me recorta! -,
Que aos pedaços não detenho.
Busco, então, nesse meu fado,
Esboçar, em sonho, a flor
Que se abre, ao céu revolta,
E recolho, atormentado,
O mistério deste amor
Que é, no mundo, o que eu tenho.
3 comentários:
Gostei da sonoridade especial desse soneto! Muito bom!
Mas doeu para escrever...
Pois é... no pain, no gain (rs)
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