Blog de poesia porto-alegrense. Poemas de Francisco Settineri. Thanks ever so much!
sábado, 24 de setembro de 2011
Soneto da Volúpia
Queria do amor não saber nada,
Sair da rara dor e seu espinho,
Ser cego pr’essa flor atormentada,
Buscar na solidão outro caminho.
Mas eis que nessa senda sou tomado
Por mais do que uma fome toda nova,
Levado na volúpia de um tornado.
E vejo-me, de novo, posto à prova
Por olhos divinais, tanta delícia,
E abisma-se em teu céu todo um negrume
Que entrega a paz a mãos tão sem malícia.
Cansado de lutar, apago o lume,
A noite já me envolve, em sua carícia,
E sinto, em teu silêncio, o teu perfume.
Francisco Settineri.
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4 comentários:
Difícil fugir dos tentáculos de heras, não é mesmo? Belo soneto, meu caro. Forte abraço.
"Difícil fugir dos tentáculos de heras"! Enfim, um comentário em alexandrino...
Outro abraço, poeta!
Que belos os teus poemas.Aguardo publicação.Abraços.
No momento, sem condições de financiar publiucação. As editoras não fazem de graça...
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