sábado, 1 de outubro de 2011

Soneto das Madressilvas



De ouro puro é teu ser, tão adorado,
E teus modos avoados encantam
Ao soprar cada nódoa do passado.
Todas as minhas noites se despojam

Ao disputar teu perfume alecrim,
E na tua nudez feliz me arrebato
Ao trazeres uma rosa pra mim:
Com essa flor, eu te amo e combato.

Porque eu te fiz sonhar na negra noite
Em lençóis, madressilvas e jasmim
E só eu, morena, senti o açoite

De teus braços agarrados em mim.
Hoje foges, medrosa, à meia-noite
Mal sabes o que em ti nasceu, enfim!

Francisco Settineri

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótimo! Soneto de quem sabe quando alguém foi, mesmo a contragosto, laçado pelo amor! Bom demais!

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...