De ouro puro é teu ser, tão adorado,
E teus modos avoados encantam
Ao soprar cada nódoa do passado.
Todas as minhas noites se despojam
Ao disputar teu perfume alecrim,
E na tua nudez feliz me arrebato
Ao trazeres uma rosa pra mim:
Com essa flor, eu te amo e combato.
Porque eu te fiz sonhar na negra noite
Em lençóis, madressilvas e jasmim
E só eu, morena, senti o açoite
De teus braços agarrados em mim.
Hoje foges, medrosa, à meia-noite
Mal sabes o que em ti nasceu, enfim!
Um comentário:
Ótimo! Soneto de quem sabe quando alguém foi, mesmo a contragosto, laçado pelo amor! Bom demais!
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