domingo, 6 de novembro de 2011

Soneto da Namorada


Mãos dadas em ruas entardecidas,
Assim que se inicia esta balada,
Desmaios e bocas enternecidas
Ao modo que se ampara a namorada!...

As Parcas suspiram, agradecidas
Co’a bela tapeçaria fiada,
Sentem-se poderosas, convencidas,
A Lua já espia, desconfiada...

Nisto eu bebo à sede que me consome:
Beijos, braços, mãos e muitas risadas,
Mil vezes mato, Eliane, minha fome,

Por entre tuas formas revisitadas,
A tomar teu corpo e dizer teu nome
Em mansas volúpias arrebatadas!...


Francisco Settineri.

2 comentários:

LunasCafePoetico disse...

belo soneto à namorada, poeta... bjuu

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Que perfeito!
Bjins

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