terça-feira, 8 de novembro de 2011

Soneto Redomão



Amo-te, nas manhãs de primavera,
E sou em meu amor o mais constante.
Pudesse eu te querer mais um instante,
Seria, o meu desejo, caça e fera!

Porque, se sonhei tanto com a quimera,
É assim que vou além de ser veemente,
Se quero te tomar bem de repente,
É que doeu demais a tua espera...

Depois, se vou arfante a teus anseios,
Se tomo para mim a minha Dama,
Desfeitas vestes, ligas, devaneios,

É que, no sol poente de quem ama
Eu perco, de uma vez, todos os freios:
Celebro a nossa paz, em calma e cama.


Francisco Settineri.

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