sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Soneto de Amarrar Morena



Eu tenho em mãos o fogo em tez morena,
E imponho ao belo corpo uma vontade;
Se mesmo assim, tu ficas tão serena,
Meu cenho hoje contém a tempestade!

Se ordeno que te dispas nesta cena,
Tu choras, ao perder a majestade,
E pedes que eu te imponha a dura pena,
Dizendo que a mereces, na verdade.

E nada neste mundo mais contenta,
Desfeitos os lençóis em que te agarro.
Por nua e submissa, e à mão violenta,

Que gemes louca ao cio, olhar bizarro:
O grito a Eros logo se apresenta,
Nas cordas mais macias eu te amarro.


Francisco Settineri.

Um comentário:

Unknown disse...

Muy buen soneto amigo Francisco. Veo que no pierdes ocasión en presentar algo de calidad literaria.
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