quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Soneto da Espera




Eu quero ver de novo essa morena
E o seu sorriso exposto em seu silêncio.
A tarde se renova sob o auspício
De um bom carinho feito em mão pequena.

A noite não seria tão amena,
Nem o luar tão claro o mais propício,
Distância a me manter no vão suplício
De me deixar bem longe a paz serena.

Um grito sai arfante desse peito
Na ânsia de teu pobre trovador.
O dom no desalinho do imperfeito,

Meu selo te deponho, com ardor:
Pois num despir sem jeito, vais pro leito,
E eu bebo em tua pele o teu calor...


Francisco Settineri.

Um comentário:

Valquíria Calado disse...

Belo!!! Amor perfeito em inspiração e escrita.

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...