quarta-feira, 28 de março de 2012

Soneto do Amor que me Devora




Eu nunca imaginei que fossem tão belos
Teus braços talhados na pura distância
E a volúpia do olhar na presta elegância
De um louco sonhar, a erigir castelos...

Oh! Quanta dor, de uma saudade os flagelos
Debruados na dor da mais dura ânsia
A não encontrar um bálsamo na instância
De lembrar de ti nos momentos singelos.

Pensei, morena, que eu não tinha mais jeito,
Que me esperava funda a mais dura vala
Manchada no sangue de um verso escorreito.

Foi quando tuas mãos urdiram a cabala
De um arlequim triste para um peito eleito
Com teu raro condão que só me avassala!


Francisco Settineri.

Nenhum comentário:

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...