sexta-feira, 18 de maio de 2012

Soneto da Ternura Infante




Perdoa-me se só lembro o beijo rubro
Guardado, ileso, na estante da memória,
Pois foi ele que sagrou a vera glória
De uma grata noite no final de outubro!

Pois se só de rosas hoje enfim te cubro,
É porque tu refizeste toda a história
Dos momentos em que estive na miséria
E do amor que a cada dia em ti descubro...

No peito calou o grito lancinante,
Mas não deu lugar à mansa calmaria.
Em teus soberbos olhos eu bebo, amante

E livro dos meus sonhos toda agonia:
Nos grandes embates de ternura infante
Renova-se o lindo cais desta alegria!


Francisco Settineri.

2 comentários:

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Coisa boa saber
você
escvendo..
Adoro!

Aíla Sampaio disse...

Que bonito! Abs, Aíla Sampaio

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