segunda-feira, 14 de maio de 2012

Soneto para Ti




O meu amor por ti logo varou a noite,
Nas longas horas alegres de brincadeiras;
Mas se nos pusemos logo a trocar besteiras,
Nos esquecemos depressa da vida o açoite...

Tantas foram as risadas, até as sete,
Era uma insônia no frio e muitas asneiras
E foi pelas teclas, de todas as maneiras
Que entre as letras da vida despiste a veste!

Não sei se um dia retirarei a rebarba,
Destas sandálias os escrúpulos incertos,
Se desculparás a minha atitude acerba

Na faminta impaciência diante dos apertos.
Desfeita, enfim, a tola e toda e vã soberba,
Perdoa, se abusei dos teus braços abertos!


Francisco Settineri.

Nenhum comentário:

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...