domingo, 8 de julho de 2012

Porcelana e Vulcão


Eu tomo as tuas mãos por entre as minhas
E o frio que as enregela vai embora
Não sei como puderam, a vida afora
Mover-se, emudecidas, tão sozinhas...

E o teu sorriso, quando te avizinhas
Me diz que hoje, enfim, chegada a hora,
Marcada pela angústia da demora
Devo escrever pra ti algumas linhas.

Não julgo o teu pedido impertinente
E o beijo tão guardado que quiseras
É verso engalanado de brilhante,

Silêncio de um torpor de mil esperas:
Cansada está de ser de mim distante
A fúria de um calor de muitas eras!


Francisco Settineri.

2 comentários:

Unknown disse...

Muy buen soneto amigo. Buena construcción y buen fondo poético.
Saludos en este domingo.

vera hilgemann disse...

Lindo soneto,Primo!

Pra mim, que sou leiga,ele é maravilhoso pela simplicidade e ritmo. Gostei demais!

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...