sexta-feira, 20 de julho de 2012

Retrato


Do eco do passado que arrefece
Restou como pingente um breve tema
Talvez não seja mais do que um poema
Bordada na retina a rica messe...

Perdida na lembrança, ao que parece
Marcada em minha voz na vez extrema
Talvez não seja mais do que um poema
No mundo tão tardio que já anoitece...

Se acaso eu tropeçasse sem aviso
Na sombra da ilusão da qual comparto
Um resto que deixaras no meu piso

A sombra de uma dor de que me farto,
Talvez eu vislumbrasse esse sorriso
Que arromba o coração e invade o quarto!


Francisco Settineri.

7 comentários:

Lua Singular disse...

Olá Francisco!
O que você achou do meu simples e popular blog? mande um comentário.
Vou segui-lo com o e-mail do meu filho cristovamramos, pois quando abri o blog, ainda não tinha e-mail.
Lindos sonhos!
Lua Singular

Francisco Settineri disse...

Gostei do seu blog, já estou seguindo, Dorli!

João Esteves disse...

Olá, Francisco. Vim conhecer-lhe o blog a partir do Facebook, onde li a atual postagem. Achei interessante principalmente o ritmo que corre por contra principalmente de uma escansão caprichosa. Aprecio estas características em poemas. Nada tenho absolutamente contra as formas por assim dizer livres, também, desde que expressem algo que eu ainda entenda como poema. Do contrário, francamente não gosto de ler. Por mim, o diálogo entre blogs está iniciado. Sinta-se igualmente à vontade para dar prosseguimento ou declinar de fazê-lo, conforme melhor entenda. Minha apreciação ao seu trabalho criativo fica desde já declarada. Pretendo retornar e explorar mais este blog.
Ah, sou gaúcho. Nasci em Porto Alegre na época do governo Juscelino, mas mudei de cidade e estado ainda em idade pediátrica. Hoje moro no Rio de Janeiro.
Grande abraço.

Unknown disse...

Boa noite, Francisco!

Belíssimo soneto, parabéns!
Beijinho,
Ana Martins

rosa-branca disse...

Maravilhoso soneto num lindo retrato. Adorei. Beijos com carinho

Francisco Settineri disse...

Obrigado, João Esteves, Ana Martins e Rosa Branca!

Victoria Magna disse...

Parabéns pelo soneto! Muito bom!

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...