segunda-feira, 2 de julho de 2012

Soneto da Celebração



Acordo de manhã, na visão linda
Da névoa que encobre a minha cidade
E o espelho só me atira uma maldade,
Pois julho é um recomeço e tu ainda

A olhares pro passado, a festa finda...
Reflexo de um saber sobre a vontade
De não ousar da vida só a metade,
Audácia do querer seja bem-vinda!

Eu visto a roupa inteira e os atrapalhos
Vão junto, nessa tela descosida
De tantos fios rompidos, atos falhos

Da verve que se joga destemida...
Desprezo o que já sejam rebotalhos
Eu canto, e na canção celebro a vida!


Francisco Settineri.

Um comentário:

MARIA DA FONTE disse...

Escreve muito bem. Parabéns!

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