domingo, 22 de julho de 2012

Soneto Esculpido



Nascida como dom desta seara
És bela como um dia ao sol nascente
Se hoje até o orvalho é indecente
É que ele não molhou a pele clara...

Nos mármores em que Claudel talhara
Pressinto o arrepio que tens em mente
E habito essa mansão impenitente
Dos sonhos em que te fizeste cara!

Eu guardo as ilusões que a noite tece
E os sóis dessa janela eram mais belos,
Imerso no teu canto que me aquece,

Em teus campos em flor, tão amarelos
Recito para ti versos em prece
E bebo a paz dourada em teus cabelos...


Francisco Settineri.

4 comentários:

Lua Singular disse...

OFrancisco

Belo poema!
Um coração cheio de emoções fortes.
O último verso da quarta estrofe é lindo:
E bebo a paz dourada em teus cabelos...
Bela metáfora!!
Abraços
Dorli

Francisco Settineri disse...

Muito obrigado por seu comentário, Dorli!

CRISTINA disse...

maravilhoso ...parabens...

João Esteves disse...

Curti seu Soneto Esculpido, Francisco. Confirmadas todas as minhas impressões. Boas, mesmo. Abraço.

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