sábado, 4 de agosto de 2012

Abraço


Penetro o teu castelo e me apresento
E o verso nesta veia desatina,
Da tua paz dourada eu não me ausento,
Imerso na mansão tão cristalina

Onde a canção floresce tempo e vento.
Desfaz-se num momento essa neblina
E o amor coloca em ti todo um portento:
Nos braços, a doçura um gesto afina!

O olho que em tua alma se demora
É o mesmo que com calma te devora.
Não sei se junto a ti sou velho ou moço

E as mãos que se renovam no alvoroço
Já sabem dos cabelos e da hora
De um beijo a passear em teu pescoço...


Francisco Settineri.

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