Do meu olhar faminto foste a presa,
Na entrega e lassidão com que te deste,
Em corpo envolto e posto sobre a mesa
Um fio de amarras brancas foi tua veste.
Mas vertes pelo ar tanta beleza
Que agora não há verso que se preste
Ao que há de belo e vário na surpresa
De ver nascer a flor no rude agreste.
Não houve nódoa, eu sei, na mansa alvura
E as quentes brisas ferem a miragem
E ofertam a teus pés toda a ventura
Da vida em que só estamos de passagem:
Eu lanço a ti a prece que emoldura,
E gravo em teu contorno a tua imagem!
4 comentários:
Olá Francisco!
Lindo poema!
Vou roubá-lo como presente do meu niver.
Ainda tem bolo no blog
Venha pegar o seu pedaço
Beijos
Lua Singular
Obrigado, Dorli! Feliz aniversário. Ótimo, o bolo!!!
Maravilhoso soneto meu amigo que adorei. Beijos com carinho
Caro Francisco,parabéns pelo magnífico soneto. Bem escrito com rimas ricas, metrificação e ritmo perfeitos. Uma delícia de ser lido! Abraço do Gonçalves.
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