Repito
o meu bordão enquanto caio
No
vendaval em que a memória dança,
E
mesmo às peias que a torrente trança
Insisto
em me prender, enquanto é maio.
Nascer
e desnascer foi um desmaio
De
um pacto insolvente que não cansa
E
o verso que me sai não sei se alcança
A
confessar o lapso em que me traio.
A
sílaba que insiste na garganta,
Eu
calo e ela não sai em atropelo,
Nas
veias o veneno corre em festa
E
despe-se a repulsa em um desvelo
Do
corpo que tão lento se alevanta
E
ergue aos céus a sombra de uma testa!
Francisco Settineri.
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