sábado, 28 de setembro de 2013

A Morte do Poeta



Surgido em ti qual flor que me depara
Com tintas decididas do poente
O espectro então penetra o calmo dente
e livra do teu dorso aquela escara!

Alenta-se na mente o que lembrara
O encontro em destemor que esteve à frente
E o gesto que se foi e está dormente
Espalha a doce imagem que foi cara...

Na face a dor que mansa nos ensina
O fato de existir, raro portento
Da terra cuja espera já termina

Afasta da feição o parco augúrio:
No enlevo de abraçar que é firme e lento,
Da vida o ardor que acaba num murmúrio...


Francisco Settineri.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

metamorfose



a angústia me consome


avatar da morte incerta


carapaça e nó que aperta


o meu mundo que se some





Francisco Settineri.

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...