sexta-feira, 22 de novembro de 2013

BALADA PARA EMILY



Bracinhos que se agitam pelo berço
E um choro que não passa indiferente,
Mas nada torna a noite descontente
Enquanto há pausa às armas com que terço.

Eu lembro ainda em sonho que era março
E o amor que se elevou era ofegante,
Pois nada em nosso leito era o bastante
Para abafar o grito que disfarço!

Pois Emily berrava pelas tetas
E a fome deu ao sono o seu adeus;
Mas lembro comovido das caretas

Que a mãe lhe sossegou nos braços seus,
Pois ouve enlevada as cançonetas
E olha-me como se eu fosse um deus!


Francisco Settineri.

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