domingo, 12 de janeiro de 2014

Pequenos Pássaros



Teus olhos, de mar verdes realeza
E o jeito com que a trato com lisura
Não deixam de fazer com que a tortura
Se agrande diante de tanta beleza.

Despida na penumbra com nobreza
Que eu chego a ter acessos de paúra
Embora me julgara um miúra
Que tomba morto em rios de grandeza!

Os frutos não são grandes, nem pequenos,
E levam-me à loucura, tão faceiro
E tornam meus ocasos mais amenos...

São peras, que eu sei, toquei primeiro
A ouvir tua voz aguda ao ar sereno
Ao ser-te, antes de tudo, um cavalheiro!


Francisco Settineri.

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