domingo, 28 de setembro de 2014

Insônia



Soam horas, e a noite, lentamente;

Vai-se a recordação, tensa vigília
Eis que perscruto ou olha-me a mobília

De qualquer forma é dor sempre mordente.



Pingentes dos cristais, brilho aparente,

A foto em sépia vinda da Sicília

Muda a lembrança da esquecida homília

Que nada diz e deixa indiferentes!



Rola na plebe a algaravia inculta

Tudo parece mera hipocrisia

Alegria alheia que tanto insulta


O terno abraço que ganhei um dia:

Dança e lamenta a lágrima insepulta
E que prolonga ao mais essa agonia!





Francisco Settineri.

Nenhum comentário:

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...