domingo, 30 de novembro de 2014

Caçada





A seta desigual que busca e erra
Veredas que eu tinha insabidas,
Por certo nunca mais me tira a vida,
No que ela mais contém e tanto encerra!

Assim eu continuo nessa terra,
Mas fujo desse arco, da ferida
E corro para o além, pois indevida
A deusa grega e louca me descerra.

Então a diva nua se apresenta
E faz do seu rancor pressentimento
Do ódio bem maior que me acalenta:

Escondo-me de tudo em fingimento
De nada ser, enfim, e ela se ausenta
E faz da sua glória o esquecimento!

Francisco Settineri.

sábado, 1 de novembro de 2014

Curto-circuito



Ponga jumba draza muda,
Dumfa grumfa drólio dito
Jeito quieto feito mito,
Dinalete tor azuda.

Gáspia nunda séria lúndia,
Treme o vândalo nos pitos
Vai que penelopa o grito
E a torneira já se afúndia.

Gás me falta cosme leme
Freme o arsênio tornadrica,
Fito gásio nas buzicas

Lume trem faz mem saraste
Bom demais doleme geme
Marsupial que bem lembraste!


Francisco Settineri.

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...