terça-feira, 19 de maio de 2015

Crochê



Na velha saga em tanta crua sorte
Fui te encontrar como uma destra lenda
E te tomei como se avista a prenda
Com tanto ardor que eu já me vi mais forte

E então valente no que enfrenta a morte
Que já me espera em sua molesta senda
E sem torpor de quem procura a fenda
No lesto afã de quem calcula o corte!
 
Nas tuas mãos em seu vagar obscuro
Algo se some e em seu segredo tece
Augusta malha que detém o impuro

E nada foi que teu condão esquece
Estou presente em teu amor futuro
E no teu longe o teu olhar me aquece...

Francisco Settineri.

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