O dia alegrava os teus traços
E eu quis, por um momento, não calar.
Guardei-me, entretanto, junto ao mar
E o que não eras tu eram destroços!
O teu cabelo ao vento em bastos maços
Mandava até o pássaro planar.
O mundo se acendia em teu olhar
E a festa começou entre os teus braços...
Deixou-se na maré a grande tela
Em grandes pinceladas muito anchas,
E tudo o que era outro ainda sela
O claro sol, as velas e as conchas.
Tu és para mim a flor de uma aquarela
Gravada pelas mãos de alguém sem manchas!
Francisco Settineri.
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