sábado, 27 de agosto de 2016

Maresia




O dia alegrava os teus traços
E eu quis, por um momento, não calar.
Guardei-me, entretanto, junto ao mar
E o que não eras tu eram destroços!

O teu cabelo ao vento em bastos maços
Mandava até o pássaro planar.
O mundo se acendia em teu olhar
E a festa começou entre os teus braços...

Deixou-se na maré a grande tela
Em grandes pinceladas muito anchas,
E tudo o que era outro ainda sela

O claro sol, as velas e as conchas.
Tu és para mim a flor de uma aquarela
Gravada pelas mãos de alguém sem manchas!

Francisco Settineri.

Nenhum comentário:

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...