segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Camarada





Tempo rude
Cativos e brandindo
o nosso bestiário
em longas lutas
Guerrilheiros de armaduras triunfantes
Mesmo que a dor
por vezes
nos dobre
Mais um ano bandido que se passa
E outro pleito
Arquitetura de palavras duras
Alguma alegria

Francisco Settineri.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

No dia dos anos do poeta galego




Celebro do passado o elmo ferido
Mas pronto pra causar um desconcerto
Na ponte a contemplar o amor partido.

No verso que recebe o que foi tido
Que brande nesta tarde o que é aberto,
Celebro do passado o elmo ferido.

Há muito não se ouvia o tão subido
E tudo se calou como um deserto,
Na ponte a contemplar o amor partido.

Retrato que foi gasto, que foi lido
E as mãos que se cansaram, foi incerto,
Celebro do passado o elmo ferido...

E a bruma, o coração, o que foi ido,
Não bastam pra calar farto concerto,
Na ponte a contemplar o amor partido.

Eu tenho entre minhas mãos o foragido
Calor que me restou e que é desperto,
Celebro do passado o elmo ferido,
Na ponte a contemplar o amor partido.


Francisco Settineri.

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...