Celebro do passado o elmo ferido
Mas pronto pra causar um desconcerto
Na ponte a contemplar o amor partido.
No verso que recebe o que foi tido
Que brande nesta tarde o que é aberto,
Celebro do passado o elmo ferido.
Há muito não se ouvia o tão subido
E tudo se calou como um deserto,
Na ponte a contemplar o amor partido.
Retrato que foi gasto, que foi lido
E as mãos que se cansaram, foi incerto,
Celebro do passado o elmo ferido...
E a bruma, o coração, o que foi ido,
Não bastam pra calar farto concerto,
Na ponte a contemplar o amor partido.
Eu tenho entre minhas mãos o foragido
Calor que me restou e que é desperto,
Celebro do passado o elmo ferido,
Na ponte a contemplar o amor partido.
2 comentários:
Muito obrigado por esta homenagem desmerecida, meu bom e muito caro poeta.
Forte abraço e cante o merlo!!!
Merecida, sim, caro André da Ponte!!!
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