Eu vou te esperar co'as gérberas mais lindas,
Que luzirão túrgidas, em breve sonho,
Para matar minhas saudades infindas,
E atiçar meu desejo, fero e medonho...
Tuas mãos, em meu sossego, são bem-vindas ,
Mas os meus olhos nos teus em breve ponho,
Se em saudade as pupilas são desavindas,
Nasce o momento de tudo ser risonho!
O teu rosto vai vibrar, brilho do instante
Sonegando à vã tristeza alguma chance,
Eu aqueço a nossa pele tiritante
Ao olhares o meu peito de relance...
E no abrigo da amada viajante,
Poesia germinal, seio e romance!
Nenhum comentário:
Postar um comentário