Se a dor de amar me deixa o nervo exposto
Então, fugir da paz é ousadia
Se oposta do espinho é a calmaria
Ficar longe da rosa é o meu desgosto...
Da sombra solitária eu vi o rosto
E não sabia mais o que faria
Sem ver em ti a estampa de alegria
Enquanto saboreio mosto e gosto.
Eu colho a flor oferecida em prece
Na arte de um ardor nunca profano.
Se o dom na augusta paz nunca fenece
É que ele, para ti, me torna humano,
Um bálsamo ao peito que padece
Retorno de um jardim tão soberano...
Um comentário:
Mais um belíssimo soneto!
Parabéns, Poeta!
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