O teu corpo a ver a luz em pele mansa
Tensa curva, a pele, o ardor, em seu indício:
Que reversos me provocam, em precipício
Rodopios no insensato desta dança?
O tremor que antecipa essa nuança
Claro escuro no torpor desde o início
Teve a agrura de não ser senão cilício
Que espicaça o meu olhar que assim se lança!
E a virtude e o desvario dessa vontade
Insinuam destemor ao gesto estático
Que pressente nessa tua majestade
A leitura do mais claro e austero dístico:
Não sei bem o que desejas, é verdade,
És vestal que me perturba, corpo místico!
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