O
que era belo hoje só causa medo
Que
no teu canto preludiou o grito,
Partem-se
crânios contra este rochedo
Pululam
vermes em tremendo rito.
Movem-se
ainda as mãos no arremedo
Do
que da boca não vai mais ser dito,
Do
vivo ao morto já não há segredo
Terror
que espalha-se no céu aflito.
Essa
lembrança em célere teatro
Num
barco podre que afundou no cais
É
o que me resta, mais sinistro e atro,
Horrenda
chaga a esgravatar demais...
Então
rastejo e vejo o magro espectro
Do
velho corvo a repetir - Não mais!
Francisco
Settineri.
Um comentário:
E quando o soneto deixa o sentimento de ter tudo sentido menos o que seria preciso...
Excelente, Francisco!
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