Cantar
eu não quis mais em verso rude
A
olhar com destemor, intacto e quedo
Recolho a brisa que corre em segredo
Disposta
a desnudar qualquer virtude.
Contemplo
as minhas mãos, para que mude
A
espera que me toma desde cedo
E
pus-me a deslizar, então sem medo
Por
entre agudas pedras da inquietude...
Aferro-me
a um sinal, que de saída
Furtava-se
à noção e parecia
Desenterrar
a dor mais desabrida
Vertido
em tom de olhar que a luz copia,
De
uma sombria tela, tosca e ida
Roubei
a cor que não te pertencia...
Francisco
Settineri.
Um comentário:
Las imágenes dan para pensar. Buen poema. Saludos
Postar um comentário