Blog de poesia porto-alegrense. Poemas de Francisco Settineri. Thanks ever so much!
domingo, 8 de janeiro de 2012
Soneto do Mal Secreto
Eu canto o que perdi, na realidade
Das brumas que afastaram teu sorriso.
Se aos homens eu já sou alvo de riso
Que importa se somada uma maldade?
Aos deuses eu não peço piedade,
A dor que me chegou foi sem aviso,
Arrasa o coração, quanto é preciso,
Quem sofre um grande amor terá vaidade?
Saudade corroeu alma formosa,
Os pés não dançam mais o minueto
Tornou-se triste o que antes era prosa,
Escondo até dos céus o mal secreto.
Abate-se a lembrança, como a rosa
No cárcere tão mágico, o soneto!
Francisco Settineri.
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4 comentários:
Adorei..Ainda não tinha lido suas poesias e sonetos... Todo poeta sofre de dores que nem ele consegue explicar..A unica maneira que acha é escrevendo...Perfeito!
Feliz de quem tem a poesia para se libertar, pois não é um cárcere tão privado assim!
Parabéns!
Muito obrigado, Marilene e Rosângela. É sempre bom receber comentários assim, refletidos e emitidos por pessoas com vivência nas artes da poesia!
Sinto-me lido e compreendido. É o que todo poeta quer!
Belíssimo segredo, um mal amargo para desenhar-se em tão mais doce sabor-soneto!
Apaixonante alinhavar.
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