Todo dia tem sua noite.
Alguns carros passam,
voltam para casa.
Na rua deserta, apenas o desmaio
dos gritos das crianças da escola.
Todo claro tem seu obscuro.
Não buscar soluções definitivas.
Aquelas marcas, antes não percebidas
no papel,
tornam-se insuportáveis.
Todo gesto tem seu tempo.
As valsas.
Dançadas, e as que ficaram para depois.
Braços e pernas vibraram
elásticos
no movimento das bailarinas.
Geometria cor-de-rosa e sucessões.
Toda vida tem sua morte.
Vida de mil lances
acumulados.
Pouco resta deste mundo
que foi teu corpo.
Até a memória, a esquecida,
desvanece
pouco a pouco.
Um comentário:
Amigo
Todo verso tem o seu reverso...
A direita tem sua esquerda...
A rosa tem seu espinho,
A matilha tem um líder
Na rua tem a escadaria
que decerto sairia num deserto...
a claridade rebuscará as trevas
e a madrugada fria, nunca aquece quem dela pernoita;
Mas se os ventos na lousa fria repousam
É por que ouvem frenidos enluarados...
Dela que de longe espera,
Seu cavaleiro errante,
que virá a lhe procurar...
Vira as costas: ignora-o, e chora
caladamente, sussurando que fiques de vez,
Mas nem bem chega já se foi,
E, tudo o que findara, novamente aquieta-se, deita-se e espera...
Que o reverso descubra, o seu verso! que o dia repouse na noite, e o noivo retorne à quem lhe apraz...
Abçs...
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