A seta desigual que busca e erra
Veredas que eu tinha insabidas,
Por certo nunca mais me tira a vida,
No que ela mais contém e tanto encerra!
Assim eu continuo nessa terra,
Mas fujo desse arco, da ferida
E corro para o além, pois indevida
A deusa grega e louca me descerra.
Então a diva nua se apresenta
E faz do seu rancor pressentimento
Do ódio bem maior que me acalenta:
Escondo-me de tudo em fingimento
De nada ser, enfim, e ela se ausenta
E faz da sua glória o esquecimento!
Francisco Settineri.
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