Também conhecidos por vaga-lumes, voam pelas copas das árvores, alimentando-se de lesmas e caramujos.
Você pode
reuni-los em uma caixa de goiabada, mas por certo os vidros são mais adequados.
Para tanto, é preciso saber tocar de maneira correta as suas patinhas, que
assim se flexionarão e recolherão docilmente. É como a roupa que se dobra,
entregando-se à natural suavidade dos dedos. Essa empreitada deve ser realizada
ainda no verão, pois o que chamamos de vaga-lumes são os insetos machos, que
duram apenas por volta do período do acasalamento. Antes disso, o que você
teria para dobrar seriam larvas ou pupas. Devemos ser rápidos em sua captura,
para que os vidros possam ficar cheios. Alguns cálculos aritméticos orientarão
a captura, levando-se em conta a largura e a espessura dos desses coleópteros,
assim como o comprimento e a área dos círculos a serem cobertos. Entre uma e
outra camada de vagalumes, um círculo de papel manteiga ou de seda. Não se pode
encher demais os vidros, para que os animaizinhos não fiquem machucados e com
pouco ar, em sua hibernação forçada. O Brasil é o país onde há mais espécie de
pirilampos, que utilizam suas luzes para se defender dos predadores e para
atrair as fêmeas.
A
surpresa luminosa pode vir no quarto ou na sala de jantar de luz apagada. É o
momento, numa noite quente de verão, de afinal soltar essas pequenas criaturas
tão aparentadas com as estrelas e com os sonhos.
Francisco Settineri.
Francisco Settineri.
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