Blog de poesia porto-alegrense. Poemas de Francisco Settineri. Thanks ever so much!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O SOM DO SILÊNCIO
. Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...
-
Talhado para a dor, enquanto sonhas Torpores de uma alma desabrida, Alteada a nua vela de partida, Saíste desta vida em mãos medonhas......
-
Um bardo tolo, e à beira da penha, Nem viu na musa o seu grande nariz Jorrou sonetos, feito um chafariz, E até hoje na cegueira se empen...
-
No pão que vem à mesa uma verdade Da vida vigorosa que já acena. Que a noite da passagem seja amena No adeus dos que se foram, com saud...
Um comentário:
Escrevendo assim me lembra Neruda...Talvez
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
Pablo Neruda
.
Postar um comentário