quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Soneto de Sofrer de Amar



Em cada instante sou teu. Além disso,
É tua essa manhã que a mim retorna,
E encontra o céu e o mar a seu serviço.
Minha paixão não tem nada de morna,

Toma de quase nada a sua forma.
Eu já desprezo todos os emblemas,
Não faço de meus versos uma arma.
Se digo para ti: ó, não me temas!

Isso já tem a força de um poema.
Pois trago em minhas mãos, doce morena,
Os calos de quem desistiu da fama,

De homem que não teve alma pequena
E que o calor da noite bem inflama:
Prepara-se pra mim mais uma pena...

Francisco Settineri.

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