Eu canto da amada a moradia
Que se tornou seu corpo por inteiro,
Onde se aninha toda a alegria
E inflama no meu céu o amor primeiro...
Teu manso riso é claro como o dia
E o teu olhar é puro e verdadeiro.
Só sei que antes disso o que eu sentia
Perdeu-se em rara bruma, nevoeiro!
Eu busco-te na vida em cada gesto
E o decidido passo a teu recanto
Embala na garganta o meu protesto
E afina esse meu embargado canto:
Eu ardo nesse tom que manifesto,
E acabo, de uma vez, com esse teu pranto!
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