Sempre na sarjeta e afirma inocente
Que ele tudo pode e que é pura alegria
O seu devaneio numa algaravia
Com que ele argumenta o que supõe presente...
Pois ébrio demais e por isso não sente
Qualquer represália da noção vazia,
Pasmo caminhante que na noite fria
Bota-se na conta de um mero acidente
Que o deixou vestido em pândegos farrapos...
Doido impenitente a reluzir frangalhos
Do que um dia foi em raros dias guapos,
Hoje a esquecer os tantos enxovalhos
Por ser recebido com muitos sopapos,
Vil e escorraçado por outros bandalhos!
Francisco Settineri.
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