O
poeta perde as contas nessas contas
Porque
tontas já não podem se contar.
Desvairado,
funde-as todas porque há tantas
Que
se sabem esquecidas ao luar...
Mas
ao mar hoje ele as joga todas juntas
E
as perguntas que ele faz tão sem pensar
Jorram
muitas nesta flâmula de letras
Que
compõe, acerbamente, par em par!
Açoitado,
que o poeta não tem cura,
Por
espinhos que percorrem o poema
Ele
busca no recorte a ventura
De
volver antena à raça como tema:
No
que vai ser lapidado na mais pura
Dimensão
que verte ao ver-se como gema!
Francisco
Settineri.
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