Olha.
Mas olha intenso. E bem de frente.
Pois
como se quisesses um devoto
Zelo
atroz furioso a celebrar remoto
A
alma toda, olha no presente...
Que
não hesite trêmula e lamente
A
mão em tola nostalgia e ex-voto
Daquilo
que surgiu, tão grave e ignoto
Num
leito plurialvo e penitente.
Fere
o trovão a noite tenebrosa!
Que
o cio feroz e o som retire o leme
Da
barca que arriscou-se ao mar briosa
Na
voz do vento o verso austero e estreme...
Que
uive nas canções mais escabrosas
Roldão
que nas galáxias treme e geme!
Francisco
Settineri.
Nenhum comentário:
Postar um comentário