Quando
a face que me encanta e que se alheia
Num
olhar dissimulado e contrafeito
Traz
consigo em seu sorriso o nó desfeito
Nela
vejo em breve o ar de quem anseia...
E
é assim que corre solto pela veia
O
meu verso, muitas vezes no imperfeito,
Que
eu não sei se é inocente ou se é suspeito
Mas
que busca apanhar-te numa teia!
E
a tormenta das tuas mãos, que acolhe o gesto
De
tomar-te aos pés da escada, tão sem freio
Regurgita
dos gemidos só um resto,
Ao
deitar ao solo o corpo em que passeio:
Aninhada
no meu colo, sem protesto,
Ao
jogar-se à minha fome, sem receio!
Francisco
Settineri.
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