sexta-feira, 8 de maio de 2020

O bardo enamorado

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Não consigo esquecer, na minha alma,
Calma imprecisa que tanto me avisa
Quanto de calma um poeta precisa
Pra esquecer o drama de quem te ama?

Panorama de quem não teve a ama,
E que o aleitou, e sempre improvisa
Que  fome se dá, e nem sempre avisa,
Mas sempre a berrar, a quem se reclama!

Assim, minha flauta não desafina,
Não consigo esquecer na minha alma,
Que se grava e cujo nome se assina

E nem tento apagar o grande drama,
Marcado a ferro e fogo em minha sina,
Celebro o amor que te tenho, menina!
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Francisco Settineri.

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