Semeado o grão na lavra da inocência,
No bom cuidado a tudo o que amamos
Atapetado o chão com verdes ramos
Preciso é esperar sem muita urgência...
Pois tudo o que plantamos na querência
Apostas são da vida que almejamos,
Mas pra sanear da fome os seus reclamos
Precisa ter, mais que vigor, tenência.
Semente, chuva e sol, arada a terra
O sonho da colheita manifesta
O dom da vida e a paz a que se aferra;
Murmúrios da algazarra que protesta
Que tudo o que é promessa a noite encerra
Desfaz-se o que era breu, pois tudo é festa!