Eu tomo as tuas mãos por entre as minhas
E o frio que as enregela vai embora
Não sei como puderam, a vida afora
Mover-se, emudecidas, tão sozinhas...
E o teu sorriso, quando te avizinhas
Me diz que hoje, enfim, chegada a hora,
Marcada pela angústia da demora
Devo escrever pra ti algumas linhas.
Não julgo o teu pedido impertinente
E o beijo tão guardado que quiseras
É verso engalanado de brilhante,
Silêncio de um torpor de mil esperas:
Cansada está de ser de mim distante
A fúria de um calor de muitas eras!
2 comentários:
Muy buen soneto amigo. Buena construcción y buen fondo poético.
Saludos en este domingo.
Lindo soneto,Primo!
Pra mim, que sou leiga,ele é maravilhoso pela simplicidade e ritmo. Gostei demais!
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