Eu tomo o rumo que teus lábios dizem
No sono manso que a tua pele indica
E o meu olhar pousado em ti mais fica
Na cisma do que mãos em sonho fazem...
Mas se a visão e os corpos nada temem
Do que o silente abraço forte implica
De nossas águas já transborda a bica
E o mais são toques, de carícias tremem!
Na madrugada eu te tomei sozinha
E desde então, morena, foste inteira;
Não fora a Lua triste, carpideira
Chorar a aura, mansa, que avizinha
Manhã em que não mais serás só minha
Singrada nessa vela derradeira!
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