Acordo de manhã, na visão linda
Da névoa que encobre a minha cidade
E o espelho só me atira uma maldade,
Pois julho é um recomeço e tu ainda
A olhares pro passado, a festa finda...
Reflexo de um saber sobre a vontade
De não ousar da vida só a metade,
Audácia do querer seja bem-vinda!
Eu visto a roupa inteira e os atrapalhos
Vão junto, nessa tela descosida
De tantos fios rompidos, atos falhos
Da verve que se joga destemida...
Desprezo o que já sejam rebotalhos
Eu canto, e na canção celebro a vida!
Um comentário:
Escreve muito bem. Parabéns!
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