terça-feira, 3 de julho de 2012

Soneto das Brancas Pétalas


Reteso estas palavras petulantes
Pra te deixar sem vez e sem saída
E se a canção do orvalho é destemida
Desvendo a madrugada e acordo antes...

Os véus a te cobrir, esvoaçantes
Na barca em que navegas, distraída
Aos pássaros do céu já dão guarida,
São velas desses mastros dominantes.

Repinto o teu retrato na gravura
Que exaltas com teu olho encantador;
Se espero a tua chegada com candura,

O tempo é mudo à espera do calor.
O verso é vário e invade com bravura
As tuas brancas pétalas de flor!


Francisco Settineri.

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