Abate-se de dor o que era tão contente
E busca na lembrança as cores do arrebol,
Perdido na procela sem nenhum farol,
Sem ver em teus olhos a luz, nem de um poente...
Eu firo na guitarra as cordas mansamente,
Mas lembro do teu corpo envolto num lençol
E toda esta lembrança brilha como um Sol
Que chama a tua volta com a fome urgente!
Mas o que me atropela é o que bate no peito,
Navego em memórias de carinhos infindos
E busco-te de novo, ainda que sem jeito...
Se por ciúme nos tornamos desavindos,
Quero pra sempre ter teu belo corpo, eleito
E na insônia procuro os teus cabelos lindos...
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