O meu amor por ti logo varou a noite,
Nas longas horas alegres de brincadeiras;
Mas se nos pusemos logo a trocar besteiras,
Nos esquecemos depressa da vida o açoite...
Tantas foram as risadas, até as sete,
Era uma insônia no frio e muitas asneiras
E foi pelas teclas, de todas as maneiras
Que entre as letras da vida despiste a veste!
Não sei se um dia retirarei a rebarba,
Destas sandálias os escrúpulos incertos,
Se desculparás a minha atitude acerba
Na faminta impaciência diante dos apertos.
Desfeita, enfim, a tola e toda e vã soberba,
Perdoa, se abusei dos teus braços abertos!
Francisco Settineri.
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